segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fim da Dinastia Carolíngia

Com a morte de Carlos Magno, em 813, o poder passou para seu filho Luís, o Piedoso. Fortemente influenciado pela Igreja, Luís foi um monarca fraco. Terras da Igreja e domínios senhoriais conseguiam livrar-se do controle do poder central, tornando-se autônomos e livrando-se do cumprimento de suas obrigações para com o poder central.
Seu governo coincidiu também com uma nova onda de invasões, que caracterizaram toda a Europa ocidental do século 9. Vindos da Escandinávia, os vikings e seus navios de quilha rasa subiam os rios, espalhando a morte e a destruição por vastas áreas. Os sarracenos, piratas muçulmanos do norte da África, assolaram as zonas litorâneas da Itália e da França. E os magiares (ou húngaros), cavaleiros nômades das estepes da Ásia central, submeteram o norte da Itália e a Alemanha a contínuas incursões de pilhagem.
A morte de Luís significou o fim da unidade imperial. Seus três filhos repartiram o Império no Tratado de Verdun. Carlos, o Calvo, ficou com a França Ocidental (que originou ao Reino da França); Luís, o Germânico, com a França Oriental (a futura Alemanha); e Lotário, com a França Central, repartida após a sua morte, entre Carlos e Luís.
A autoridade real esfacelou-se rapidamente. Condes, duques e marqueses usurpam os poderes reais e passam a exercê-los em nível local. Em 877, os domínios, chamados então de feudos, tornam-se hereditários. Em 911, o rei Carlos, o Simples, incapaz de deter os ataques vikings, cedeu-lhes o ducado da Normandia, origem de sua outra denominação, normandos.
O ano de 911 viu também o fim do ramo germânico dos carolíngios, com a morte de Luís, o Jovem. Em 987, morrendo o último soberano carolíngio da França Ocidental, Luís 5º, os aristocratas escolheram Hugo Capeto, Conde de Paris, como rei.
Essa data assinala o fim da dinastia carolíngia sobre a França, dando origem à dinastia capetíngia, que governou o país até o século 14.

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