quarta-feira, 20 de novembro de 2013

“Que época terrível esta, onde idiotas dirigem cegos.”

William Shakespeare

domingo, 17 de novembro de 2013


O TRABALHO MODIFICA O SER HUMANO?

O trabalho carrega desde sua origem a imagem de algo duro e sofrido. Muitos vêem o trabalho apenas como um meio de ganhar dinheiro e um mal necessário.
Com a globalização, o mundo pode trabalhar de forma mais especialiazada e uniforme, compondo um grande sistema.
O capitalismo tambérm influenciou a visão que temos do trabalho. Vivemos num mundo extremamente consumista, onde ter é mais importante que ser, onde temos tudo ao alcance de um click e os livros já não são tão atrativos. Somos tão competitivos que já não é nos permitido errar e a ética pode ser passada para trás.
Aquela idéia de suplício, que o trabalho nos passava é apagada de nossa mente com prazeres momentâneos e oportunidades vazias. Será que não estamos dando mais atenção ao nosso trabalho do que a nossa própria família?
Não se trabalha mais por dignidade, independência ou para suster nosso lar, trabalhamos para sanar nossos desejos individuais. O princípio que nos rege é o egoísmo. Não nos importamos com os sentimentos ou dificuldades que os outros têm, porque estamos focados somente em nós. Será que o amor dos homens esfriou? O trabalho só modifica o ser humano quando nós permitimos que assim o seja.
Não devemos temer se as máquinas ocuparão os lugares dos homens, mas sim se não nos tornaremos assim como as máquinas são.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Servidão Moderna


“Como todos os seres oprimidos da história, o escravo moderno precisa de seu misticismo e de seu Deus para anestesiar o mal que lhe atormenta e o sofrimento que o sufoca. Mas esse novo Deus, a quem entregou sua alma, não é nada mais que nada, um pedaço de papel, um número que apenas tem sentido porque todo mundo decidiu dar-lhe. É em nome desse novo Deus que ele estuda, que ele trabalha, que ele luta e se vende”.


O documentário fala sobre a escravidão do qual somos expostos diariamente, e que muitas vezes, nem percebemos. A linguagem utilizada para nos transmitir essa mensagem é, no mínimo, chocante. Visceral ao ponto de fragmentar cenas de diversos filmes e nos apresentar fotografias extremamente simbólicas – como a famosa foto da menina vietnamita nua segurando as mãos de ícones infantis como Mickey e Mcdonalds. Se não bastasse, é usada repetidamente a técnica de aceleração, nos remetendo a rotina e nossa condição de “cordeiros”.
O ser humano acredita, ignorantemente, que é dono da própria vida e pode fazer o que quiser, porém, acaba se distanciando da realidade do qual ele, apesar de às vezes insignificante, faz parte.
Não quero ser pessimista mais em nenhum momento o filme apresenta soluções, até porque, ao meu ver, algumas coisas são irreversíveis e nesse ponto o filme se sobressaí, pois depois de trazer idéias maravilhosas – levando em consideração que nada do que é dito é descartável – o documentário conclui, claro, com o homem que acabará de perceber erros na sociedade que ele faz parte e ao invés de agir de uma maneira racional, parte para a violência, demonstrando assim a primitividade que nos move – Tudo o que os líderes queriam, não?-. Enfim é tarde demais.
É uma pena que alguns conteúdos sejam desconhecidos ou incompreendidos por muitos, pois esse “A Servidão Moderna” é um brilhante estudo sobre a nossa realidade e o quão limitado somos. Aliás, são reflexões recorrentes, mas que aqui, em uma obra tão complexa e verdadeira só comprovamos o inevitável: “O homem é o lobo do homem”.