quarta-feira, 16 de outubro de 2013

O sistema colonial mercantilista

A colonização da América foi uma conseqüência da expansão marítima e comercial européia. Constituiu um dos aspectos mais complexos, mas igualmente marcado com o selo da “revolução comercial” moderna, visível na vida econômica das colônias.
As políticas comercial e colonial se tornaram um elemento essencial na ação dos Estados modernos, ou seja, a história da colonização, é inseparável de um contexto europeu complexo, determinado pelos seguintes fatores: conteúdo social dos Estados modernos; grau de evolução econômica e financeira de cada Estado colonizador; sucessão de fases expansivas ou depressivas da economia ocidental; poderio militar e sobretudo naval das diversas metrópoles; posição social e política da burguesia mercantil em cada país; determinações das políticas coloniais, que entre outros, definiam relações de forças que interessavam à evolução das áreas metropolitanas, às rivalidades e conflitos comerciais e coloniais entre as potências europeias, que refletiam na preocupação fiscal que dominava o aparelho administrativo colonial.
O monopólio ou “pacto colonial” traduzia um dos aspectos centrais da política e da vida econômica da época. O comércio colonial pela metrópole permitia que se exercesse uma manipulação dos preços dos produtos importados e exportados pelas populações das colônias, aumentando assim as possibilidades de acumulação do comércio europeu. Na prática foi compensado ou diminuído por um importante comércio ilícito, pela pirataria e pela pressão dos interesses radicados nas colônias.
Economicamente, o fato de serem colônias significou para as regiões americanas uma economia deformada desde o princípio, devido à hipertrofia de certos setores produtivos ligados à exportação, a situação de zonas periféricas e dependentes, que sofriam de forma direta e pesada as conseqüências das mudanças de tendência que ocorriam no mercado mundial e uma organização comercial favorável às metrópoles e não às colônias.

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